segunda-feira, 14 de abril de 2014

[uma declaração de amor entrelaçada ao repúdio]

pois sinto te dizer, amor
mas tudo em mim te extermina
tão proporcional ao quanto
- te amo.

queria amar a tudo,
a todos,...
o tempo todo.
mas todo amor em mim dói.
e não consigo,
não o sei,
não faço.

se me compreende,
quero amar aos tolos, aos outros
(àqueles que gozo, jorro e pico,
enveneno com carne de suculência,
embriago com a totalidade do oportunismo
e orgasmatico com fome de ceviche).
cru.

ao amor, meu bem:
o desconforto de minhas carícias,
o polem aquoso de minha menstruação,
o inchaço dos meus seios
e minha completa devastadora paixão.

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